Inter-view - Clipper!

Galera, hoje é dia de entrevista. E dessa vez, trazemos a banda "Clipper" para vocês conhecerem melhor. Lembrando que eles estarão tocando no show do Rancore, no Ipiranga.

COMO SURGIU

JAN: Eu já tocava com o Juninho no Rocket 21. O Rocket era uma banda formada por nós dois com mais dois caras. Tocamos por pouco mais de um ano juntos, somando vários shows pela região, e até mesmo uma aparição no programa Astros do SBT. Com isso, e com as músicas que disponibilizamos no Myspace, bastante gente conheceu o nosso som. Mas aí, no final do ano passado, as coisas desandaram e a banda simplesmente se desfez. Um dia encontrei o Juninho e ele me falou que queria continuar tocando, e que iria chamar um baixista pra gente formar um trio e recomeçar uma banda. Foi aí que entrou o Gustavo, que já havia tocado com o Juninho em outras ocasiões. A gente mal se conhecia, mas tudo correu de forma bem simples e tranqüila. Entrosar com os caras foi fácil, e logo a banda já estava compondo suas próprias músicas e correndo atrás dos primeiros shows. "Clipper" é veleiro em inglês. Eu achei que o nome soava bem, simples assim. No começo, a gente não queria nome em inglês. Mas eu sou louco por aviação, e a já falida empresa aérea americana PanAm batizava todas as suas aeronaves como Clipper seguido de um nome. Eu pensei "tai um nome pra banda".
GUSTAVO: O símbolo da banda é um triangulo porque somos apenas três e qualquer um que sair da banda vai fazer uma tremenda falta, o que acontece com um triangulo, que no caso tem três lados e todos tem uma função especial pois se tirarmos apenas um, o triangulo (no caso a banda) se desfaz. Também pensamos que um veleiro tem obviamente uma vela, que é em forma triangular, e para o veleiro se manter em movimento o triangulo tem que existir, ou seja pra banda ir pra frente, tanto eu quanto o Jan e o Jú temos que fazer de tudo e mais um pouco pra não deixar o veleiro, ou seja, a banda parar.

INFLUÊNCIAS

JAN: Eu só escuto três bandas faz mais ou menos uns quatro anos, hehehe. Blink 182 (e as bandas paralelas), Fall Out Boy e Panic! At The Disco. Simplesmente não fico sem ouvir, e sem dúvida são as maiores influências minhas na hora de compor e criar. Já o Gustavo tocava muito Rock Clássico antes de curtir um punk rock, né? O Juninho parece ser aquela cara hardcore, mas a gente sabe que no fundo ele é um grande fã da Shakira (risos).
GUSTAVO: Bom minhas influencias são diversas e sem ligação nenhuma não tem padrão, digamos que tive três fases, a primeira foi com Iron Maiden, Steve Harris. Depois vieram diversos baixistas de Jazz, Funk Rock, foi ai que eu tive minha fase Flea, afinal eu tocava num RHCP cover, de 4 meses pra cá comecei a me influenciar mais por punk rock, hardcore, principalmente com Blink 182 e Mark Hoppus.

O DIFERENCIAL

JAN: Bom, diferencial. É difícil ser muito diferente hoje em dia, porque a gente sempre vê de tudo por aí. Corrijam-me se eu estiver errado, mas sinto que hoje já não temos mais tantos trios legais como antigamente. Do Police ao Green Day, passando pelo próprio Blink, muita música boa saí de apenas três caras. Fica, na minha opinião, mas fácil organizar e entrosar o som. Fiz questão de montar um trio com o Clipper, e acho fantástico escutar o som que nós mesmos fazemos, a três. Além disso, não somos uma banda preocupada demais em parecer ser alguém, ou simplesmente aparecer. O som é sério, mas tocamos pela diversão de estar lá e tocar. Somos todos amigos. Está faltando um pouco do bom e velho pop-punk pra animar a galera nos shows!
GUSTAVO: O Jan disse tudo já, quero só dar ênfase à parte que tocamos porque gostamos, fazemos as musicas com vontade e com a opinião de todos, queremos tocar e queremos que gostem do som que NÓS gostamos de fazer porque aí sim seremos uma banda que sempre vai ter idéias novas, vai evoluir e alcançar seus objetivos afinal fazemos com amor.

A MUDANÇA

JAN: Bom, o Rocket era uma banda de quatro e um pouco desorganizada. Isso porque, apesar de agente também ter feito tudo com muita dedicação e vontade, cada um tinha mais ou menos seu objetivo individual, nada que era bom para a banda toda. Ou seja, era questão de tempo para que os interesses acabassem tomando rumos diferentes e a banda se separasse. Quando eu entrei na banda, ela já existia há algum tempo, mas na verdade era mais uma banda por diversão. Quando percebemos que podíamos levar as coisas a sério, a gente acabou levando um baque, pois quando se leva a coisa a sério cria-se uma pressão, uma expectativa em torno de tudo. Isso gerou uma tensão entre os integrantes, cada um com um ponto de vista e com uma opinião sobre tudo. Era difícil conciliar as coisas. Já o Clipper tem o intuito de ir sempre adiante desde o início. Ou seja, a gente já formou a banda com outro espírito, e tudo o que temos feito até então já fazemos pensando em alavancar o futuro da banda. Além disso, o entrosamento entre nós três é infinitamente maior. Agora fazemos um som mais sério, não nos preocupamos apenas com a imagem da banda, mas nos também em fazer um trabalho sério pra alcançarmos nossos objetivos. Para mim, assumir de vez os vocais e ter uma guitarra só foi uma mudança brusca, mas que, sinceramente, eu estou adorando :)

ASTROS

JAN: Durante a fase seletiva, eu nem estive por aqui. Estava viajando e os caras inscreveram a banda e participaram da seleção sem mim. Mesmo assim, passaram. Ficamos em êxtase, ensaiamos bastante para não fazer feio. Chegamos lá com nossas três músicas em versão acústica. Nos estúdios do SBT, tivemos que esperar por horas com mais um monte de candidatos por nossa vez. O clima era descontraído e tenso ao mesmo tempo, com todo mundo se preparando para o grande momento diante das câmeras. Eu não conseguia parar de tocar, queria ter a certeza que estava suficientemente treinado para subir no palco e encarar o júri. Já tínhamos aguardado mais de quatro horas quando finalmente fomos chamados. Subimos no palco, tensos, e tocamos somente uma música. Tudo correu bem, e por pouco não passamos pra fase final. Ficamos felizes, por um lado, e um pouco decepcionados, por outro. Mas ter seu trabalho divulgado e reconhecido na televisão é sem dúvida muito emocionante!

PROJETOS

JAN: Temos um produtor, o Bruno (baixista da Teoria do Caos). Volta e meia, ele aparece nos ensaios da banda para acompanhar o progresso na composição e execução das nossas músicas. Ele também ajuda a avaliar as condições para gravarmos tudo, porém sempre fazendo uma pré-produção antes, etc. Para esse ano, talvez ainda seja um pouco cedo para falar, pois a banda, na verdade, acabou de começar. Porém existe uma galera que já nos conhece faz tempo e não vê a hora de ouvir as primeiras gravações. Segunda feira (dia 25) iremos com o Bruno a um estúdio em Campinas para gravar nossas primeiras 6 músicas, uma espécie de uma demo, que pretendemos inclusive disponibilizar na internet para que a galera já possa escutar e conhecer o som do Clipper. Depois disso, avaliaremos a possibilidade de entrar em estúdio novamente para, daí sim, gravar um álbum definitivo. O álbum não sairá tão cedo, em torno de novembro ou dezembro deste ano. De qualquer forma, em breve teremos as músicas disponíveis na net pra galera escutar e conhecer!

TOP 5 – BONS ARTISTAS

JAN: 1. Blink (óbvio!) 2. Fall Out Boy 3. Panic At The Disco 4. Coldplay 5. The Police
GUSTAVO: 1. Blink 182, 2. Red Hot Chili Peppers, 3. Iron Maiden, 4. AC/DC e 5. Mamonas Assassinas

TOP 5 – PÉSSIMOS ARTISTAS

JAN: 1. Ivete Sangalo 2. Terrasamba 3. Zeca Pagodinho 4. Sandy e Junior 5. Sertanejo
GUSTAVO: 1. Slipknot, 2. System of Down, 3. Inimigos do HP, Pagode em geral, Todas essas bandas, duplas ''sertanejas'' que aparecem por ai cada semana tem uma nova e nenhuma apresenta se quer um diferencial da outra

MENSAGEM FINAL

JAN: E aí, galera! Espero que vocês curtam o som da banda e que a gente possa aparecer aí em Jundiaí sempre que possível.
GUSTAVO: Bom, acho que Clipper não é só uma banda que toca músicas legais, é um meio de três caras mostrarem o que pensam, suas opiniões sobre todos os assuntos, é um meio de mostrarmos para o mundo o que achamos de tudo o que acontece ao nosso redor. Garanto que Jundiaí vai gostar do nosso som, pois fazemos com muito carinho e temos gosto e orgulho do que fazemos. Obrigado a todos vocês pela oportunidade.
JAN: e parabéns ao pessoal do site. Volta e meia eu dou uma conferida, é supimpa!

Links: Comunidade, Purevolume, Myspace.

por Mázi e Joe.